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Fiz minha primeira tatuagem há alguns meses. Depois de anos pensando, mudando de ideia, analisando o que pareceria comigo e faria sentido a...

Magnólia

Fiz minha primeira tatuagem há alguns meses. Depois de anos pensando, mudando de ideia, analisando o que pareceria comigo e faria sentido aqui a alguns anos, decidi tatuar minhas costas.
Uma tatuagem de coluna. Uma flor.
Não preciso dizer que quem me conhece certamente deve ter pensado em alguma tulipa até pelas coisas que já escrevi por aqui. Mas fugi disso. Não quis me colocar como tulipa, não me pergunte bem o motivo.
Pensei em lírios, já que tem uma simbologia na igreja também e que são flores que eu gosto. Mas não acho que a ideia de um significado "puro e virginal" comparado a Maria seria o que tivesse mais a ver comigo (não por nada em especial). Fora a quantidade imensa de lírios que vi tatuados de todas as formas.
De jeito nenhum rosas. Embora eu ame recebê-las, meu lado aquariana pediu que não fosse algo comum.

Precisava de uma flor só minha. 

E tatuei uma magnólia. A que achei mais bonita e com os significados mais bonitos e variáveis do mundo. Muda de acordo com a cor, com o país, com a crença. E a minha não tem cor. Pode ser plural, o que eu quiser, como eu quiser.
E uma das coisas mais lindas que ouvi depois de tatuar a minha flor foi de um amigo dizendo que tinha exatamente a minha cara: "delicada, feminina e muito forte". Eu sabia que tinha acertado na minha escolha quando ouvi isso. Era exatamente o que eu queria passar.

O que me fez falar disso foi perceber que aqui na minha página, no cabeçalho, tem uma flor (uma tulipa aberta) que eu escolhi há mais ou menos um ano e coloquei aqui. Por incrível coincidência, ela é extremamente parecida com a Magnólia que foi desenhada pra mim e em mim.

Eu já tinha escolhido sem perceber. Fez mais sentido ainda.


Tinha escrito por aqui um texto sobre meu agora. Bem, dessa vez eu quis ser lida - mau sinal. Nada disso nunca foi pra ser lido. E mesmo s...

Mercúrio Retrógrado

Tinha escrito por aqui um texto sobre meu agora.
Bem, dessa vez eu quis ser lida - mau sinal. Nada disso nunca foi pra ser lido.
E mesmo se fosse lido, talvez nunca tenha feito a diferença o que eu digo.
“Falhas de comunicação... deixe tudo bem claro... chance de mal entendido...”
Seria impossível eu ser tão clara e objetiva agora.

Preferi deixar ali na pasta rascunho. Calei mais uma vez.

Hoje a palavra do dia é calar. O silêncio falou bem alto e eu ouvi.
Melhor dormir.

Eu tinha pensado em escrever um pouco sobre algumas pessoas que eu amo aqui. Hoje eu pensei em escrever para a minha irmã. Decidi então que ...

Ana

Eu tinha pensado em escrever um pouco sobre algumas pessoas que eu amo aqui. Hoje eu pensei em escrever para a minha irmã. Decidi então que ela seria a primeira.

Engraçado, a pessoa que primeiro e mais sinto falta quando me sinto sozinha é ela. Talvez ela nem saiba disso, mas é verdade. Grudadas desde o dia que ela nasceu, dormindo e acordando juntas todos os dias, nos momentos das nossas crises a gente queria ficar longe e logo depois grudava de novo uma na outra.
Ela sempre foi a razão e eu a aluada, o coração. E talvez a gente tenha se misturado bastante no meio do caminho.
Eu sempre vi na minha irmã uma pessoa forte, uma das mais fortes que eu conheço, e talvez ela nem tenha noção disso também. Já me peguei várias vezes, no meio das minhas dúvidas, pensando "mas o que ela faria agora? O que ela me falaria para fazer?". Tem dado certo na maioria das vezes.
A Ana é força. Ela é coragem, ela mete a cara, ela muda de ideia em 10 minutos se for pra se sentir melhor. E corre atrás. O conselho que ela mais me dá é "vai! o não tu já tem". Ela é assim. Eu percebi nos últimos anos que talvez seja uma armadura também pra esconder tudo o que ela não quer mostrar de fraqueza, não quer me falar, ou do que já viveu que a fez sofrer.
Se tem uma pessoa que eu nunca quero fazer ficar mal comigo ou por minha causa é ela. Isso me adoece. Às vezes, ela fica andando pela casa bem tranquila depois de uma briga nossa e eu to morrendo por dentro. Quanto a isso, eu nunca soube lidar melhor. E não espero conseguir tão cedo, nunca foi fácil pra mim.
A gente sempre se pareceu muito fisicamente, mas eu sempre odiei quando comparavam a gente por qualquer motivo que fosse. Quando diziam que éramos iguais era divertido e a gente sorria, mas ressaltar as diferenças nunca fez bem, nem para mim, nem para ela. E eu não gosto quando a gente mesmo faz isso inconscientemente. As nossas diferenças eram pra ser um ponto positivo a nosso favor.
A gente conversa bastante sobre várias coisas, mas nunca sei tudo dela. Às vezes, eu penso que gostaria de saber tudo o que ela pensa, embora tenha bastante ideia do que possa ser. Ela já me disse uma vez que tem medo de falar tudo, eu tenho medo que eu também não esteja bem para ouvir.
Eu abriria mão de muita coisa na minha vida por causa da minha irmã. Parece que quando ela nasceu apareceu um solzinho que ficou ali do meu lado pra eu cuidar. Isso tem ficado cada vez mais forte enquanto envelheço, esse meu instinto maternal. Talvez porque quando criança eu fosse mais desligada dos laços que a gente cultiva na nossa vida e reforça com a família.
E eu me preocupo tanto... Às vezes eu choro de preocupação sem ela saber, e na maioria das vezes que ela chora, eu também choro no meu canto. Se tem uma pessoa na vida que eu não quero ver ficar mal ou chorar é ela.
Ela é linda, ela é forte, é importante, por mais que eu tenha que lembrá-la sempre disso, e por mais que ela revire os olhos sem acreditar muito.

Agora, sozinha aqui no meu quarto, depois de um mês inteiro do lado dela, eu to morrendo de saudades. E morrendo de vontade de ficar perto, abraçar e fazer voz idiota que a gente sorri.
Nesse ano, provavelmente a gente vai se separar mais uma vez se os planos dela derem certo. Mas, se for pra ver ela bem e feliz, eu juro que eu torço cada vez mais pra que isso aconteça, mesmo que eu não saiba lidar muito bem.

Hoje, particularmente, foi um dia ruim por estar aqui "sozinha". Eu queria muito estar com ela agora.

Se isso não é amor, não sei dizer mais o que é.


"Por que tu foi atrás disso agora?" "Porque eu queria voltar a escrever." "E sobre o que tu queria escrever?"...

Agora

"Por que tu foi atrás disso agora?"
"Porque eu queria voltar a escrever."
"E sobre o que tu queria escrever?"

(...)

Eu não sei responder exatamente essa pergunta, amigo. Mas precisava.

Eu nunca escrevi nesse blog para que eu fosse lida pelos outros. Eu escrevia para que eu pudesse colocar pra fora coisas que pensava sem que me achassem louca, para que eu mesma me lesse depois de um tempo e pudesse ver o quanto a vida tinha mudado. E mudou mesmo.

Dessa vez, acho que vim passar uma linha entre o que eu deixo para trás aqui registrado e o que eu preciso colocar pra fora daqui em diante.

Dessa vez veio a necessidade de ser lida. Na verdade, acho que sinto a necessidade de gritar. O que eu sinto hoje é vontade de gritar tudo o que eu to sentindo, tudo que eu amo nas pessoas que quis perto de mim aqui, tudo o que me sufoca e calo, tudo o que eu sinto como um peso na minha cabeça agora.

Gritar até que todos façam silêncio. Até que cada um entenda. Até que eu sinta que eu possa respirar.


As últimas semanas foram estranhas.

Depois de quase dois anos da última postagem, apareci por aqui. Eu reli tudo o que escrevi e pensei no quanto que todos nós crescemos e amad...

Leve

Depois de quase dois anos da última postagem, apareci por aqui. Eu reli tudo o que escrevi e pensei no quanto que todos nós crescemos e amadurecemos.
Sim, sempre consegui o que queria de alguma maneira. Não posso dizer que fui mimada por isso, mas que fui criada pra chegar onde meus sonhos estivessem. E hoje estou aqui, vivendo o meu sonho, aquele que eu disse no meu primeiro post que não poderia ser impossível, e que eu sabia exatamente o que fazer para conseguir.
Se teve uma coisa que eu soube desde a metade da minha faculdade foi a especialidade que eu queria cursar. Ouvi milhares de vezes aquelas frases acompanhadas daqueles olhares que dão uma rasteira no sonho de qualquer pessoa, aqueles que sempre acham que é difícil demais.
Passei por mais de um ano de renúncias - muitas - e hoje estou no meu oitavo mês em uma nova cidade, me tornando especialista na área que mais amo no mundo, a Dermatologia.
Lembro do dia que vim fazer a prova e me imaginei entrando naquele hospital no meu primeiro dia de Residência - deu certo. Cheguei onde eu sempre sonhei (com algumas adaptações pelo caminho, claro) e me sinto plena e satisfeita, com uma calma inexplicável, alimentando outros sonhos para se correr atrás.

E todos aqueles imprevistos que aconteceram no caminho? E os problemas?
Bem, eu só posso dizer mais uma vez que esse mundo leva a gente para exatamente onde a gente precisa estar. A gente só entende isso depois que a poeira acalma.

E o mundo? Ele já deu voltas demais. E continua me levando para onde eu tenho que ir.

Que leve.

Eu tinha mesmo que voltar aqui e ler tudo o que já escrevi até hoje nesse blog. Lembrei de coisas que já havia esquecido. Talvez precise...

P.S.

Eu tinha mesmo que voltar aqui e ler tudo o que já escrevi até hoje nesse blog.

Lembrei de coisas que já havia esquecido.

Talvez precise ler novamente meu livro.
Lerei.

Tudo acontece com hora certa. Até as coisas erradas acontecem com hora certa, creio eu. Se ontem eu fiquei mal, talvez tenha um porquê nis...

Hoje

Tudo acontece com hora certa.
Até as coisas erradas acontecem com hora certa, creio eu.
Se ontem eu fiquei mal, talvez tenha um porquê nisso. Percebi que me perdi em alguma parte desse caminho e ainda não me achei.
Além disso, tenho que parar com essa mania feia de escrever predominantemente quando fico mal.
Mas hoje é um dia atípico, fiquei ruim mesmo em um ambiente novo, viajando, me dando ao luxo de ficar longe de muita coisa. Mal fisicamente até. Serviu pra eu parar e repensar minhas vontades e atitudes.
Fiquei mais tranquila ao perceber que não foi um desmoronamento qualquer, estou na TPM também. Pelo menos tem um motivo orgânico pra isso. (hahaha) 

Hoje eu quero um chocolate. Hoje me permiti ficar quieta e curtir meu mal-estar físico e mental.

P.S.: Mais um post-diário. Dane-se. Não ligo mais. hahaha



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